Tabu e preconceito contra o suicídio: o silêncio que mata

Tabu e preconceito contra o suicídio: o silêncio que mata
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Um ano depois esse podcast continua atual, e a certeza de que ficar quieto não vai fazer o preconceito contra o suicídio desaparecer, só aumentou.

Em setembro de 2021 publicamos aqui, que falar de suicídio ainda era um tabu; que até alguns anos atrás era antiético noticiar e os veículos de comunicação seguiam à risca o que dizia a cartilha. Afinal, causava certo desconforto social.

Uma ano se passou, e pouca coisa mudou.

Pessoas se mobilizaram e as redes sociais passam a impressão de terem “comprado a ideia”. E, por mais que campanhas como o “setembro amarelo” tenham se fortalecido no que diz respeito à prevenção, falar de suicídio continua sendo um tabu.

Vale lembrar que o preconceito mata. E, no programa de hoje, vamos mostrar como ele pode se tornar um “aliado” do suicídio.

Nossa entrevistada, a psicanalista e professora, Sandra Araújo Hott, trabalha com pessoas com ideação suicida há mais de 20 anos e, segundo ela, mesmo um ano depois do nosso bate-papo, por mais que discussões sobre o tema tenham se aprofundado, ainda não foi o suficiente para se tirar o estigma, dando respaldo ao silêncio e, consequentemente, ao tabu.

Da mesma forma essas discussões não exploram o fato de que muitas religiões apenas condenam quem tira a própria vida, sem ao menos tentar entender os fatores que levaram alguém a esse caminho sem volta… e o silêncio apenas endossa a discriminação.

Então, lembre-se, ficar quieto não vai fazer o preconceito desaparecer.

Não estender a mão, não ouvir, deixar de dizer simplesmente…”estou aqui”, para algumas pessoas podem ser atitudes de uma vida inteira, para outras, pode ser o fim.

Se você percebeu algo diferente em um conhecido, e acha que pode ser um sinal de ideação suicida, ou se até mesmo você já se pegou pensando em desistir da vida, tente levar essa pessoa ou busque um profissional de saúde mental, e entre em contato com algum dos serviços abaixo. É fundamental buscar ajuda o mais cedo possível.

E o mais importante: se você perceber qualquer sinal que considera como de ideação suicida, jamais abandone essa pessoa, jamais a deixe só.

Contatos

CVV – Centro de Valorização da Vida, ligue 188 (atendimento 24hs)

CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. São centros de atendimento mantidos pelo SUS. Clique aqui e veja como funciona.

Universidades Estaduais e Federais – Essas universidades geralmente mantém em seus cursos de Psicologia, núcleos de atendimento gratuito. Procure pela internet aquela que está mais próxima da sua região.

Para saber mais, acesse o link abaixo e ouça o podcast

Foto: Sandra Araújo Hott é professora e psicanalista/Arquivo Pessoal

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Cleber Siqueira

Cleber Siqueira

Jornalista, é autor do livro "Fernando, o menino sem dedos". Fundador e editor do Portal Viver Sem Preconceitos, tem pós-graduação em Sociopsicologia. Sua monografia, intitulada "Homossexualidade, o amor às chamas: um breve ensaio sobre o preconceito", faz uma análise entre a literatura específica e a vida real da população homossexual no início dos anos 2000.

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