A idade não é um fator limitante: desmistificando a velhofobia na sociedade atual

A idade não é um fator limitante: desmistificando a velhofobia na sociedade atual
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Você tem fobia de velhos? Pesquisa apontou que 80% se reconhecem como etaristas. Então, o que pode ser feito para se diminuir o preconceito e tornar o mundo mais inclusivo? Leia aqui na coluna VSP/Maturi.

Por Andrea Tenuta

A velhofobia é um problema sério que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O etarismo é o preconceito em relação à idade onde todas as pessoas vivenciam, porém conforme vão envelhecendo o preconceito tende a aumentar. A velhofobia é baseada em estereótipos e preconceitos infundados.

A cada 21 segundos nasce uma pessoa 50+ no Brasil e a cultura jovencêntrica do nosso país continua firme com atitudes etaristas. Algumas semanas atrás vivenciamos uma situação que viralizou sobre estudantes de uma universidade que hostilizaram uma mulher de 40 anos pelo fato de acreditarem que ela é velha para estar naquele ambiente.

Mulheres maduras sofrem mais etarismo que os homens. Em pleno mês da mulher uma situação dessa ainda acontece? Faz sentido?!

Nenhum! É revoltante, eu sei!

Por outro lado, dias depois, o Oscar aconteceu e no grande tapete vermelho, grandes nomes de mulheres 60+ brilharam.

Mas essa situação ganhar holofote ajuda a levantar uma discussão que fica velada no dia a dia.

A verdade é que a velhofobia acontece todos os dias e em todos os ambientes, o que é prejudicial para toda a sociedade. Isso porque a exclusão de uma grande parte da população devido à idade é uma perda de talentos e habilidades valiosas, além de criar um ambiente onde a diversidade não é valorizada.

Segundo uma pesquisa realizada pela Maturi e EY em 2022, 80% se reconhecem como etaristas. Por isso, já passou da hora de acabar com atitudes velhofóbicas e criar um mundo mais inclusivo.
Aqui estão algumas maneiras de fazer isso:

  1. Conscientização e Educação: Para acabar com a velhofobia, precisamos entender o que é e como ela se manifesta na sociedade. Isso inclui a identificação de estereótipos e preconceitos em relação aos mais velhos. Programas educacionais e campanhas de conscientização podem ajudar a divulgar informações importantes sobre o assunto.
  2. Inclusão em todos os setores: As pessoas “maturis” têm muito a contribuir em todas as áreas da sociedade, incluindo negócios, política e tecnologia. É importante que sejam incluídas em todos os setores da sociedade e valorizados por suas contribuições.
  3. Valorização da diversidade: Para avançar no tema precisamos valorizar a diversidade em todas as suas formas. Isso inclui valorizar as habilidades, talentos e conhecimentos das pessoas de diferentes gerações, além de reconhecer a importância do envelhecimento como uma parte natural da vida.
  4. Combate ao preconceito: É importante que todos sejam incentivados a combater o preconceito em relação à idade. Isso pode ser feito por meio de políticas públicas e leis que protejam os direitos dos indivíduos mais velhos, bem como por meio de campanhas de conscientização e educação. Cada um de nós, podemos e devemos combater falar etaristas no nosso dia-a-dia em todas as micro ações que vivenciamos. Como uma corrente do bem.

Em resumo, acabar com o etarismo é uma responsabilidade de todos nós. Precisamos trabalhar em união para criar um mundo mais inclusivo e valorizar a diversidade em todas as suas formas. Isso não é apenas a coisa certa a fazer, mas também é fundamental para construir uma sociedade mais justa e próspera.

*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP

Andrea Tenuta/Maturi
Colunista VSP

Head de Novos Negócios da Maturi – com 40 anos e duas filhas, Giulia e Bruna, Andrea é formada em Administração com ênfase em Marketing pela ESPM, pós graduada e com MBA em Gestão Empresarial pela FIA-USP. Tem mais de 20 anos de experiência com foco em Gestão de Pessoas.  Desde 2018 atua diretamente com o tema de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) com vivências em projetos para apoiar as organizações em diferentes estágios de sua jornada de diversidade. Em 2020 ingressa na Maturi.

Foto em destaque: Oportunidade para todas as idades; acabar com o etarismo é responsabilidade de todos – por Rodnae Productions/Pexels

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2 comentários sobre “A idade não é um fator limitante: desmistificando a velhofobia na sociedade atual

  1. Excelente, são iniciativas como esta em abordar um tema tão importante, mas que ainda não tem o destaque necessário na nossa sociedade para a conscientização de todos.
    Parabéns!

    1. Como vai, Edleia?
      Realmente, a abordagem a temas como esse ainda carece de destaque na grande midia. Mas nós estamos aqui e vamos continuar dando todo espaço que pudermos. Continue prestigiando, cada um de vocês é muito importante no final das contas,
      Obrigado

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