Em piquenique, famílias por adoção encontram amor sem preconceitos

Em piquenique, famílias por adoção encontram amor sem preconceitos
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Co-fundadora de grupo conta que principal objetivo é mostrar que toda criança ou adolescente pode ser filho

Por Aletheya Alves

Unindo famílias que já adotaram e pessoas que ainda estão no processo, domingo (6) foi dia de acolhimento e amor sem preconceitos no Parque das Nações Indígenas. Em piquenique realizado pelo Geaav (Grupo de Estudos e Apoio à Adoção Vida), os integrantes se reuniram para trocar experiências, conversar sobre dificuldades e, o mais importante, mostrar que toda criança e adolescente pode ganhar uma nova história.

“Nossa intenção é ajudar as famílias e pretendentes, chamar atenção sobre esse tema porque ainda existe muito preconceito. É importante dizer que toda criança, todo adolescente, pode ser filho”, resume a co-fundadora do grupo, Lydia Pellat. Aproveitando a semana em que o Dia Internacional da Adoção é celebrado, ela explica que o evento foi mais um momento de união.

Renata e Thiago adotaram Luis e Livia, de 6 e 7 anos
Foto: Aletheya Alves

Integrante do grupo desde 2016, Renata Françoso conta que se encontrar com outras famílias e pretendentes é sempre importante. “Quando a gente quer adotar, a regra é que todo mundo seja contrário. Você fica naquela gestação que não tem barriga, mas com os sentimentos, querendo conversar e é difícil encontrar quem entenda”, diz.

Mãe por adoção de Luis Henrique e Lívia, ela explica que graças aos encontros do grupo é que finalmente conseguiu se sentir melhor. “Na primeira reunião eu estava com o choro na garganta porque você quer ser mãe por adoção, mas as pessoas não entendem. É como se você estivesse fazendo algo inapropriado. No grupo, foi o contrário, me senti em casa”, completa.

Além de pontuar que a troca de experiências com outras famílias é importante para si mesma, a mãe destaca que a experiência também é necessária para as próprias crianças. “Eles conseguem interagir com várias outras famílias e é importante porque é mais difícil encontrar crianças que tenham sido adotadas na escola, por exemplo”.

E, destacando que tanto a sensação de solidão quanto os preconceitos precisam ser debatidos, a advogada Márcia Borges, de 53 anos, pontua que durante os 22 anos de sua filha já viveu bastante coisa.

William, Felipe e Márcia contam sobre experiências com grupo e adoção
Foto: Aletheya Alves

“Aprendi que a gente precisa ser muito aberto desde o início. O preconceito mesmo existe de várias formas e é importante esse fortalecimento. Meu relacionamento com minha filha sempre foi com muita confiança, contei desde o início que ela é milha filha do coração e ela se tornou uma pessoa muito bem resolvida”, conta Márcia.

Passando por caminhos e sentimentos próximos aos relatados por Renata e Márcia, Felipe e William França integram a lista de “pretendentes” do grupo. No processo de adoção desde maio do ano passado, os dois estão aguardando o novo integrante da família.

“A gente fica na expectativa porque o processo é muito técnico, acaba sendo muito frio. Então quando a gente vem para esses encontros, acho que sentimos esse calor da família em construção”, explica Felipe.

Seja tirando dúvidas ou escutando relatos de quem já está com os filhos grandes, o casal conta que os encontros do grupo são o porto seguro muitas vezes. “A gente vê as experiências, se emociona. Tanto no piquenique quanto nos encontros a gente consegue essa ajuda para acalentar o coração”, completa Felipe.

Publicado originalmente em Campo Grande News
Foto em destaque: Aletheya Alves

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