Diversidade, um tema recorrente e de subsistência

Diversidade, um tema recorrente e de subsistência
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Busca da pluralidade e alinhamento das pautas às questões da diversidade, o futuro das empresas passa por esse caminho

Por Cleber Siqueira

Nos últimos anos o assunto diversidade tem sido um dos mais recorrentes dentro do mundo corporativo. Cada vez mais, as empresas buscam a pluralidade, alinhando suas pautas às questões de aceitação e inclusão, com temáticas associadas à raça, gênero, PCDs e, mais recente, uma onda que começa a tomar corpo, ligada à idade e no combate ao etarismo.

Pesquisas recentes tem mostrado que adotar a diversidade nas empresas tem sido muito mais do que um comprometimento a favor do respeito ao próximo, e sim uma visão futura quanto a existência do negócio.

Dados do relatório “Delivering through diversity”, publicado em 2020, pela consultoria Mckinsey, apontam que empresas que possuem quadro de funcionários mais diversos tendem a obter 21% mais lucro quando há diversidade de gênero e até 35% mais lucro quando há diversidade racial.

Outra pesquisa substancial, desta vez da Accenture, mostra que as empresas com maior equidade em seus locais de trabalho têm mentalidade de negócio significativamente mais inovadora, o que as ajuda a prosperar e crescer.

Porém, incorporar esses valores às empresas e aos funcionários nem sempre é tarefa fácil, mas pode ser o início de um diálogo com as principais ideias e soluções para os problemas de um mundo em constante mudança.

– Quais são os caminhos? –

Com esse novo cenário diante de nossos olhos, a plataforma online Catho, revelou em setembro de 2022, a pesquisa feita por uma empresa de consultoria especializada na seleção e desenvolvimento de profissionais, sobre diversidade e inclusão para entender de que maneira o tema vem sendo tratado dentro das empresas.

Foram entrevistados 220 profissionais com cargos de alta liderança. Os resultados mostraram que:

– 83,5% admitem que o assunto diversidade é muito familiar no ambiente corporativo.

Já sobre a existência de um comitê interno sobre o tema, os índices não foram tão elevados:

 – 32% disseram que a empresa possui uma estrutura dedicada;
– 29,6% que o tema é discutido pelos líderes, mas não há nada formal;
– 27,9% falaram que não há nenhuma estrutura formal ou informal organizada e
– 10,5% informaram que existem planos para estruturar formalmente um grupo de trabalho dedicado ao assunto.

Sobre o assunto Diversidade estar na agenda do Conselho:

– 28,4% responderam que o tema é discutido pelos Conselheiros, mas não há nada formal;
– 26,6% disseram não haver discussão a respeito;
– 25,7% que o tema é cativo na agenda;
– 13,8% não souberam informar, ou não possuem algum tipo de conselho;
– 5,5% disseram ter no plano estratégico a estruturação dessa pauta.

– A opinião dos colaboradores –

A pesquisa avaliou ainda que a maioria dos profissionais já se conscientizou sobre os benefícios de incluir o tema diversidade e inclusão no dia a dia corporativo, afinal:

– 69,9% disseram que falar a respeito melhora o ambiente de trabalho;
– 71,2% que melhora a imagem da organização no mercado;
– 67,6% responderam que auxilia a retenção e atração de talentos;
– 62,1% acham que melhora os resultados da empresa;
– 68% disseram que se sentem fazendo parte de um ambiente mais justo.

Sobre as causas da diversidade que mais sensibilizam:

– 28,8% disseram ser a inclusão de profissionais negros;
– 23,1% disseram inclusão de mulheres;
– 19,9% disseram pessoas com deficiência;
– 19,4% disseram profissionais com mais de 55 anos e
– 8,8% disseram inclusão de LGBTQI+ ao time.

Sobre quais categorias de diversidade são consideradas mais prováveis de assumir cargos de liderança na empresa,

– 63% disseram ser as mulheres como mais prováveis;
– 21,8% disseram ser de profissionais acima de 55 anos,
– 7,9% disseram ser de negros,
– 6,4 disseram ser de LGBTQI+
– 0,9% disseram ser de pessoas com deficiência.

– Tendência ao preconceito –

– 41% dos profissionais que responderam à pesquisa consideram que as pessoas com algum tipo de deficiência são mais improváveis de assumir posições de liderança dentro da empresa que trabalham;
– 20,8% atribuem que os profissionais LGBTQI+ tem menos chances;
– 17% citaram os profissionais negros com menor probabilidade;
– 12,7% acima de 55 anos;
– 8,5% responderam que acreditam que as mulheres teriam menos chances dentro da empresa que trabalham, mostrando que o tema ligado ao gênero já está mais difundido na cultura da maioria das organizações.

A pesquisa identificou que nas empresas:

– 77,4% veem mulheres em cargos de alto escalão;
– 59,9% profissionais acima de 55 anos;
– 26,4% de LGBTGI+;
– 21,2% de negros;
– 4,7% de pessoas com deficiência.

– Pesquisa Catho –

Uma pesquisa levantada pela plataforma Catho, revelou ainda que:

– 16% de mulheres ocupam cargos de presidente/ceo;
– 26% de mulheres fazem parte da alta liderança (diretor/gerente sênior);
– 45% de mulheres tem cargo de média liderança (gerente/coordenador);
– 56% é a presença da mulher de forma geral em uma  empresa.

Sobre uma possível iniciativa de mobilização em prol da Diversidade,

– 37,9% dos profissionais disseram que deve partir do conselho;
– 31,1% da presidência e
– 24,2% da liderança
O restante apontou que a iniciativa deve partir do RH.

A pesquisa apresentada foi obtida na plataforma Catho
Ilustração: Reprodução Catho/Internet

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Cleber Siqueira

Cleber Siqueira

Jornalista, é autor do livro "Fernando, o menino sem dedos". Fundador e editor do Portal Viver Sem Preconceitos, tem pós-graduação em Sociopsicologia. Sua monografia, intitulada "Homossexualidade, o amor às chamas: um breve ensaio sobre o preconceito", faz uma análise entre a literatura específica e a vida real da população homossexual no início dos anos 2000.

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