Evento apresenta o mais recente mapeamento feito no Brasil sobre etarismo no trabalho
Levantamento mostra como é o preconceito contra pessoas 50+ no mercado de trabalho
A população que mais cresce no mundo é a 50+. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que pelo menos 26% das pessoas já passaram dessa faixa etária e que, até 2050, 30% do país devem quebrar a barreira dos 60. Além disso, segundo estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2040, aproximadamente 57% dos recursos humanos do país serão compostos por pessoas com mais de 45 anos.
Agora, a EY Brasil e a Maturi se uniram para identificar o quanto o etarismo está presente nas empresas, nas decisões de contratação de pessoas e nas oportunidades de crescimento profissional. A pesquisa “Por que pessoas 50+ não são consideradas como força de trabalho em um país que envelhece?” foi realizada entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, em 191 empresas de 13 setores diferentes, sendo 25% do setor de serviços, 16% da área da saúde e 15% da tecnologia. Em relação ao número de funcionários, 35% dessas empresas possuem até mil pessoas em suas equipes, enquanto 18% contam com mais de 10 mil.
A divulgação do trabalho está programada para o MaturiFest 2022, evento que acontece de hoje até o dia 20, na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo, e é voltado para o trabalho e empreendedorismo maduro. Excepcionalmente hoje, a transmissão do festival será totalmente online. A partir do de amanhã, as atividades passam a ser presenciais com transmissão simultânea online.
Um dos principais pontos encontrados na pesquisa e que gera grande preocupação, mostra que 33% das empresas não praticam nenhuma ação voltada ao tema. Ações incipientes em algumas delas apresentam apenas atividades de conscientização ou criação de grupos de discussão.
E uma situação que era preocupante toma ares ainda mais agravantes quando os resultados do levantamento mostram que 80% das empresas por meio de seus processos seletivos não possuem políticas específicas e intencionais de combate à discriminação por idade. Assim como funcionários com cargo de liderança têm se tornado um entrave no desenvolvimento de temas e avanço da questão. Desses líderes, praticamente dois em cada cinco não têm uma visão clara sobre o assunto, 30% não enxergam o tema como prioridade e 17% não acreditam que lidar com o envelhecimento seja importante para o futuro do negócio.
Em outras palavras, o resultado da pesquisa nos leva a crer que o preconceito contra pessoas com mais idade não parte apenas de outras pessoas, mas sim que também a maior parte das empresas atua com políticas estruturais etaristas.
Para participar clique no link MaturiFest, mais acima.
Foto em destaque: por Andrea Piacquadio/Pexels
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