LGBTQIA+ NÃO É MÁ INFLUÊNCIA
Saiba porque o VSP acredita que o PL 504/2020 já nasceu morto
Uma pessoa que nasce homossexual, simplesmente nasce homossexual. Não existe explicação na medicina, na literatura forense, nas religiões, ou seja lá em qualquer outro lugar.
Sem entrar em detalhes às outras designações, a pessoa nasce homossexual assim como alguns nascem heterossexuais.
E não será por força de lei que uma criança de 5 a 10 anos deixará de ser aquilo que ela nasceu. Tenha ela nascido heterossexual ou homossexual.
Por isso, o PL 504/2020, já nasceu morto. Afinal, em seu texto, ele versa sobre proibição de publicidade para crianças em São Paulo, como dispõe em seu artigo 1º.:
“É vedado em todo o território do Estado de São Paulo, a publicidade, por intermédio de qualquer veículo de comunicação e mídia que contenha alusão a preferências sexuais e movimentos sobre diversidade sexual relacionado a crianças.“
E justifica:
“Considerando que o uso indiscriminado deste tipo de divulgação trariam real desconforto emocional a inúmeras famílias além de estabelecer prática não adequada a crianças que ainda, sequer possuem, em razão da questão de aprimoramento da leitura (5 a 10 anos), capacidade de discernimento de tais questões.“
Não podemos afirmar, de maneira globalizada, se crianças de 5 a 10 têm ou não discernimento, mas não há dúvidas que proibir esse tipo de publicidade é extremamente preconceituoso.
Primeiro, porque se embute à publicidade a culpa pelo fato de uma criança se tornar um jovem, ou um adulto, com “preferências sexuais” diferentes às da autora do Projeto de Lei. Não existem culpados e nem culpa quando falamos de diversidade sexual, assim como existe pouca compreensão e sobra preconceito, como se observa nesse Projeto de Lei.
Segundo, ao afirmar que esse “tipo” de divulgação causa real desconforto emocional às famílias, se reforça o preconceito e o medo que alguns pais ainda têm de ter um filho homossexual, pois acreditam que se trata de “uma fase” da vida e que no futuro o filho ou a filha se “autoafirmará”. A publicidade, ao contrário do que versa o PL, traria informação e, consequentemente, conhecimento para muitos pais que ainda insistem em não aceitar a diversidade sexual da filha ou do filho.
Por isso, o Portal Viver Sem Preconceitos não admite e repudia o PL 504/2020.
LGBTQIA+ NÃO É MÁ INFLUÊNCIA
