O início

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Eu sempre acreditei que combater o preconceito aproxima as pessoas, pois elimina as diferenças e, consequentemente, tende a aumentar o respeito e o amor entre todos.
No dia 25 de março de 2021 eu dei início à minha jornada contra o preconceito nas redes sociais. Escrevi minhas primeiras notas na página Viver Sem Preconceitos, no Facebook.
Agora, abaixo, passo compilados, meu primeiro texto e minha primeira nota.

Não deixe a discriminação vencer, pratique sempre a empatia, e entre em contato com a gente sempre que souber de algum caso de preconceito… e acompanhe diariamente a nossa página, aqui e nas redes sociais!
Te aguardo…

Dia Nacional do Orgulho LGBT

Dia 25 de março comemora-se o Dia Nacional do Orgulho LGBT+. E para celebrar a data, que tal uma breve reflexão sobre a vida dessa população no Brasil?

Parece mentira, mas não é
Apesar de estarmos em 2021, o IBGE ainda não conseguiu chegar a um consenso sobre como coletar informações de gênero e sexualidade e o Censo desse ano vai continuar sem informar dados da população LGBTQIA+.

Os números mais recentes são de um levantamento da Universidade de São Paulo, em 2009. Portanto, 12 anos atrás, havia cerca de 7,5% da população brasileira composta por gays, lésbicas e bissexuais.

São milhares de pessoas, vítimas de preconceito e violência. Pessoas que inclusive ainda têm dificuldade e sofrem para falar e expor sobre a orientação sexual e de gênero.

Curiosidades sobre a data
Além de homens e mulheres homossexuais e bissexuais, a data também é voltada aos transexuais, travestis, queer, intersexuais, assexuados e outras possibilidades de identidade de gênero e orientação sexual.

A sigla que representa o público é a LGBTQIA+.
São Paulo possui a maior parada gay do mundo, chegando a reunir cerca de cinco milhões de pessoas, e deixando o evento na frente de edições em grandes metrópoles do mundo como São Francisco, Tóquio e Sydney.

Violência
Infelizmente, por outro lado, o Brasil ocupa posição de destaque no ranking de violência contra pessoas LGBTQIA+. De acordo com levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia, a cada 20 horas uma pessoa é morta no Brasil pela LGBTfobia.
A pesquisa realizada pela instituição baiana coloca o nosso país na liderança mundial de criminalidade contra gays, travestis e transgêneros. Em seus relatórios, o Grupo Gay da Bahia lembra que essa população não é vítima somente de agressões de terceiros, mas também de suicídio. Por causa da homofobia, as minorias sexuais têm seis vezes mais chances de tirar a própria vida no Brasil.

Conquistas
O Brasil segue a passos lentos para integrar e proteger a população LGBTQIA+. Um dos avanços mais importantes dos últimos anos foi a aprovação do projeto de criminalização da LGBTfobia. O Supremo Tribunal Federal, em 2019, tornou crime a homofobia e a transfobia. A partir da decisão, atos de preconceito contra gays e transexuais começaram a receber uma tipificação específica e penas maiores.
Mas o Brasil também conseguiu outras importantes vitórias, como o reconhecimento da identidade de gênero em documentos sociais; fim do tratamento da homossexualidade como doença; casamento civil; permissão de adoção de crianças por casais homoafetivos e o fim da “cura gay”.

Aos poucos, a adesão ganha corpo e os grandes clubes de futebol do país não costumam passar batido na data. Esse ano, os times brasileiros das séries A e B do futebol comemoram o Dia Nacional do Orgulho LGBT+. Nas redes sociais deixaram mensagens a favor da inclusão e do respeito à diversidade.

Redação: Viver Sem Preconceitos

Cleber Siqueira

Cleber Siqueira

Jornalista, é autor do livro "Fernando, o menino sem dedos". Fundador e editor do Portal Viver Sem Preconceitos, tem pós-graduação em Sociopsicologia. Sua monografia, intitulada "Homossexualidade, o amor às chamas: um breve ensaio sobre o preconceito", faz uma análise entre a literatura específica e a vida real da população homossexual no início dos anos 2000.

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