Menos preconceito, mais diálogo: sexo ganha espaço em rodas de conversa

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Pesquisa mostra que tabus sobre sexo vêm sendo quebrados entre os brasileiros

Por Mayumi de Andrade e Silva Sato

Sexo tem deixado de ser tabu e vira tema de conversa, garante uma pesquisa feita pela marca de bem-estar sexual Pantynova, que mostrou que 79% dos brasileiros se sentem mais confortáveis em falar abertamente sobre o assunto. Considerando que o tema sexualidade tem sido recorrente nas rodas de conversas, o estudo mostrou que as pessoas estão quebrando os tabus e sendo menos “preconceituosas” com o assunto.

95% dos entrevistados dizem que falar sobre o sexo tem um impacto positivo na sociedade. Desses, 75% garantem que falar abertamente sobre masturbação ou relações sexuais é benéfico para a saúde física e mental, sendo um caminho positivo para trazer informações sobre o tema.

De acordo com Derek Derzevic, o pesquisador e cofundador da Pantynova, o resultado da pesquisa é um avanço para a sociedade: “Tivemos a dor e a delícia de sermos pioneiros em bem-estar sexual no país, abrindo, assim, uma nova categoria no mercado, educando e inspirando uma série de novos empreendedores que têm o mesmo sonho que o nosso: naturalizar o sexo“, disse.

Mais masturbação = mais orgasmos

O levantamento mostrou também um dado preocupante: enquanto 66% das mulheres garantem que chegam ao orgasmo sozinhas – através da masturbação, somente 19% afirmaram que chegam ao ápice do prazer quando transam com alguém.

Isso pode acontecer por conta da falta de estímulo durante o ato sexual, mas não se limitando a isso. Segundo Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: “A mulher tem dois pontos de excitação em sua genitália: o clitóris e a vagina. O homem tem um só e desde criança aprende que por meio da estimulação do pênis vai chegar ao prazer“, afirma. No Brasil, há dados sobre isso. Um terço de nossas mulheres nunca atingiu o orgasmo por penetração nem por autoestimulação; um terço alcança o orgasmo vaginal e o clitoridiano e um terço não consegue ter orgasmo dentro da vagina. “Infelizmente, embora não se sintam satisfeitas ao término da relação sexual, a imensa maioria das que não atingem o orgasmo, nada revela a seus parceiros“, completa a médica.

Já entre os homens, 86% atingem o orgasmo sozinhos através da masturbação, enquanto apenas 54% chegam lá durante uma relação sexual com um (a) parceiro (a).

Para Heloisa Etelvina, fundadora da Pantynova: “Pesquisas como essa nos dão o parâmetro necessário para construirmos um mundo mais igualitário, inclusive em relação às relações sexuais entre as pessoas. Além de trazermos, a partir disso, insumos para fomentar a educação sexual de todos os brasileiros e a criar propostas de prazer para todos com nossos produtos pensados para todos os corpos“, finaliza.

Matéria publicada originalmente na Universa UOL
Foto: Cottonbro/Pexels

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