Persistir ou insistir?

Persistir ou insistir?
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A vida continua sem muitas novidades? Ou encontra algo que o surpreende a cada dia? E a saúde mental está em dia ou a insegurança do futuro amedronta?

Por Cristina Angelini*

Os questionamentos são muitos e requer atitudes, e iniciativas, mas é necessário coragem. A bispa Marian Edgar Budde, da Igreja Episcopal de Washington, teve a coragem de dizer em outras palavras – é necessário MISERICÓRDIA com aqueles que nos auxiliam nas tarefas do dia a dia -. Ela falava do imigrante que trabalha nos Estados Unidos, paga impostos, na esperança de conseguir ser legalizado no país americano. Nas palavras da bispa há um grito – para alguns – ou no mínimo um sussurro – para todos que trabalham e, muito e, são anônimos não só na América, mas no mundo todo.

Quantas vezes você cumprimenta quem faz a faxina no seu local de trabalho? Você cumprimenta e agradece quem te atende em qualquer circunstância – no comércio, no consultório, no supermercado, na academia, no restaurante, na padaria, na igreja, no condomínio, onde você mora, ou mesmo os que fazem a limpeza, tão necessária, das ruas do seu bairro e da sua casa? As situações são muitas. A pergunta é simples – o que Jesus faria?

Pensar no próximo mais próximo de você, garanto, é mais difícil do que o próximo, que passa fome do outro lado do mundo ou muito longe de você.

É mais fácil pedir paz para as guerras que acontecem, literalmente, longe da nossa casa, do que disseminar a cultura da paz na nossa família, na vizinhança, entre os nossos amigos. A coragem da bispa de falar com serenidade o que ela, certamente, prega diariamente – Amai vos uns aos outros – é um exemplo a ser seguido. Não é simples e não é fácil, mas se começarmos com as pequenas atitudes no dia a dia, vamos colaborar, de fato, para uma sociedade mais justa, mais humana e mais fraterna. E assim aqueles medos ou as inseguranças que nos assombram todos os dias, começam a evaporar. Quando a empatia é presente no dia a dia, nós conhecemos mais as pessoas e passamos a respeitar a pessoa como ela é. A beleza da vida está na diversidade, no diferente. E assim, aprendemos todos os dias e o nosso cotidiano fica mais leve.

Vamos tentar, de fato, vivenciar a cultura do Encontro e a cultura da paz?

*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

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