O Dia dos pais na dinâmica familiar

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Do patriarcado à paternidade na sociedade atual

Por Melaine Machado*

A evolução dos papéis de gênero e a dinâmica familiar têm sido temas de intensa discussão e transformação ao longo das últimas décadas. A transição de um sistema patriarcal rígido para uma paternidade mais ativa e equitativa é um marco significativo na busca pela igualdade de gênero. Então vamos explora essa transição, analisando as raízes históricas do patriarcado, os desafios enfrentados pelos pais modernos e as implicações da paternidade ativa na sociedade contemporânea.

O patriarcado é um sistema social e político no qual os homens detêm o poder primário e predominam em papéis de liderança, autoridade moral, controle social e propriedade. Historicamente, esse sistema tem ditado as normas e expectativas de gênero, atribuindo aos homens o papel de provedores e às mulheres o papel de cuidadoras.

As origens do patriarcado remontam a sociedades agrícolas antigas, onde a posse de terras e recursos era crucial para a sobrevivência. O controle masculino sobre esses recursos resultou na consolidação de estruturas de poder que favoreciam os homens. Ao longo dos séculos, essas normas foram reforçadas por instituições religiosas, políticas e culturais, criando um sistema de dominação masculina que persiste até hoje.

O patriarcado impõe expectativas rígidas de gênero que limitam o envolvimento dos homens no cuidado dos filhos. A crença de que os homens devem ser os principais provedores financeiros e as mulheres as principais cuidadoras perpetua uma divisão desigual das responsabilidades familiares.

Os homens que optam por se envolver ativamente no cuidado dos filhos muitas vezes enfrentam estigmatização e preconceito. A sociedade pode vê-los como menos masculinos, e eles podem enfrentar pressão social para se conformarem aos papéis tradicionais de gênero.

Nas últimas décadas, mudanças sociais e culturais têm desafiado as normas patriarcais e promovido uma maior equidade de gênero. Movimentos feministas, mudanças nas políticas de licença parental e a crescente conscientização sobre os benefícios da paternidade ativa têm contribuído para essa transformação.

A paternidade ativa traz benefícios significativos tanto para os pais quanto para os filhos. Estudos mostram que pais envolvidos têm um impacto positivo no desenvolvimento emocional, social e cognitivo das crianças. Além disso, os homens que participam ativamente da criação dos filhos relatam maior satisfação pessoal e relacionamentos familiares mais fortes.

Embora a paternidade ativa esteja se tornando mais comum, ainda existem desafios significativos. A falta de políticas de licença parental adequadas, a pressão social e a persistência de estereótipos de gênero continuam a ser obstáculos. No entanto, há oportunidades para promover a paternidade ativa através de reformas políticas, campanhas de conscientização e a celebração de modelos positivos de paternidade.

A paternidade ativa tem o potencial de transformar a dinâmica de gênero na sociedade. Quando os homens se envolvem igualmente no cuidado dos filhos, desafiam normas patriarcais e promovem a equidade de gênero. Isso não apenas beneficia as mulheres, que ganham maior liberdade e oportunidades, mas também cria uma sociedade mais justa e igualitária.

A transição do patriarcado para uma paternidade mais ativa e equitativa é um passo crucial na busca pela igualdade de gênero. Embora existam desafios significativos, as mudanças sociais e culturais, juntamente com esforços coordenados para promover a paternidade ativa, estão transformando as normas de gênero e criando um ambiente mais inclusivo e justo. Ao valorizar e incentivar a paternidade ativa, avançamos em direção a uma sociedade onde homens e mulheres compartilham igualmente as responsabilidades e oportunidades, beneficiando a todos, aliás as crianças serão de fato as mais beneficiadas.

*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP

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Foto: Pavel Danilyuk/Pexels

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