O Etarismo no Mercado de Trabalho: Descobertas da pesquisa Maturi e EY
EY e Maturi se juntam novamente. Dessa vez para mostrar, do ponto de vista das pessoas 50+, como está o mercado de trabalho e comparar as expectativas do grupo com o que foi visto na pesquisa do ano anterior
Por Andrea Tenuta*
Em 2022, EY e Maturi produziram um diagnóstico importante para entender a maturidade das iniciativas das empresas em relação à contratação e retenção de profissionais com mais de 50 anos. Segundo o levantamento, que ouviu cerca de 200 organizações de mais de 10 setores diferentes, 80% se consideram etaristas. Possuem, em sua grande maioria, programas e ações estruturadas em relação a gênero, raça/etnia, PcD e LGBTQIA+, mas ainda em fase mais embrionária no combate ao Etarismo.
Um ano após o lançamento da pesquisa, EY e Maturi se juntaram novamente para saber, dessa vez do ponto de vista das pessoas 50+ (cerca de 5 mil pessoas), como está o mercado de trabalho para esse público e comparar as expectativas do grupo com o que foi visto na pesquisa realizada no ano anterior. Em agosto de 2023 foi lançado no palco da 6ª edição do MaturiFest, o maior festival de trabalho e empreendedorismo 50+. O resultado é preocupante, uma vez que a necessidade e a disposição dos profissionais experientes em permanecer no mercado de trabalho continuam a crescer e, por outro lado, as empresas não têm evoluído de forma significativa com suas ações para esse público, criando uma lacuna ainda maior no tema.
Com o envelhecimento da população do Brasil em um ritmo acelerado, torna-se fundamental captar a voz da força de trabalho brasileira de pessoas com mais de 50 anos e mostrar que as necessidades são amplas, dinâmicas e evoluem junto com as questões sociais, econômicas e culturais do país.
Ressalto os 5 grandes resultados desse novo levantamento:
- Há uma lacuna crescente entre a necessidade de recolocação e o apetite das organizações em recolocar 50+;
- Quase todos os maturis buscam recolocação, incluindo aposentados e quem está feliz com sua ocupação atual;
- As pessoas estão preparadas para reingressar no mercado formal de trabalho;
- A postergação da aposentadoria é inevitável;
- Depois de 1 ano as empresas não evoluíram no combate ao etarismo.
Graças aos avanços da medicina e da saúde pública, as pessoas estão desfrutando de vidas mais longas e saudáveis. Para aproveitar dessa oportunidade sem precedentes, é necessário que poder público e sociedade repensem modelos lineares de aprendizado, carreira e aposentadoria e que as empresas reconsiderem a maneira como recrutam, retém e gerenciam funcionários.
No Brasil, percebemos que o Etarismo ainda é um tema que dá seus primeiros passos dentro das organizações, mas que deve crescer rapidamente, de acordo com a escassez (e o envelhecimento) da mão de obra e de uma conjuntura social frágil, que demanda rápida mobilização. Por conta disso, as empresas precisam se preparar para uma jornada multidisciplinar que vai precisar da ação de diversos atores.
Para ler o relatório na íntegra, acesse o link aqui
Vale a pena conferir o Estudo Completo de 2022 e o Infográfico com os principais insights
*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP
Andrea Tenuta/Maturi
Colunista VSP
Head de Novos Negócios da Maturi – com 40 anos e duas filhas, Giulia e Bruna, Andrea é formada em Administração com ênfase em Marketing pela ESPM, pós graduada e com MBA em Gestão Empresarial pela FIA-USP. Tem mais de 20 anos de experiência com foco em Gestão de Pessoas. Desde 2018 atua diretamente com o tema de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) com vivências em projetos para apoiar as organizações em diferentes estágios de sua jornada de diversidade. Em 2020 ingressa na Maturi.
Foto: Pesquisa Maturi e EY foi apresentada no MaturiFest 2023/ Divulgação
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