Documentário retrata comunidade LGBTQIAP+ no universo do skate
“O que eu admiro nessa molecada nova é o quanto eles se preocupam menos com a vida particular dos outros e o quanto eles acham que as pessoas podem contribuir para a sociedade…”
Por Cleber Siqueira
Longe das Olímpiadas, dos mundiais, das federações, dos patrocinadores… dos holofotes. A milhas e milhas distantes do futuro, vivendo somente o presente, nas ruas, com os amigos, com o melhor amigo, o skate. O amigo que está junto na hora da tentativa e erro, tentativa e tombo, tombo de novo, outro tombo, até a hora do acerto e comemoração, levantando o amigo nos braços, erguendo seu maior troféu.
Isso é só uma pitada do dia a dia de alguns jovens LGBTQIAP+ no universo do skate, que com naturalidade buscam quebrar o formato tradicional agressivo e masculinizado da prática esportiva, minando assim os preconceitos e as situações discriminatórias vividas por esse público dentro do mundo do skate.
Chuchu Kamel, Lucca Alvarenga, Kim Terra, Patty Skater, Pipa Souza, Rodrigo Kbeça Lima e Tereza Skateira esses são os protagonistas do documentário Se eu botar o skate na cabeça eu viro o chão; uma produção da Goose Island, que reúne representantes da comunidade LGBTQIAP+ a fim de provocar reflexões sobre o movimento queer com intuito de desconstruir estereótipos no skateboard.
Nas entrevistas, os jovens mostram suas visões particulares sobre o skate, falam de suas vidas, das conquistas e também das dificuldades em um meio onde ainda lutam para serem vistos, e como diz Pipa Souza “enquanto eles fingem que não estão nos vendo, a gente quer ser visto e a gente faz por onde“.
“No mundo atual, onde as minorias ainda lutam pelo seu espaço e para se sentirem representadas, ‘Se eu botar o skate na cabeça eu viro chão’ é um filme extremamente necessário para refletir, se informar e até mesmo se identificar”, é o recado que a revista CemporcentoSKATE deixa sobre o documentário.
“Skate é salvação, não só de pessoas com orientação e identidades sexuais diferentes, mas também de muita gente que não tem uma perspectiva de vida”,
Rodrigo Kbeça
Assista o filme na íntegra, abaixo:
Foto: Reprodução YouTube
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