Dia nacional da visibilidade lésbica
Combate à lesbofia, discussão de políticas públicas e visibilidade à comunidade lésbica são os principais objetivos da data
Por Redação
Em 1996 acontecia o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale). Desde então, institui-se o dia 29 de agosto como o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, que tem por objetivo o combate à lesbofobia, ficando o dia voltado à discussão das políticas públicas e de como dar visibilidade à comunidade lésbica em todo país.
A data destaca o papel da mulher gay e sua interseccionalidade. As lésbicas, além de passarem pelo preconceito em virtude da orientação sexual, ainda sofrem a discriminação pelo fato de serem mulheres. Como disse a fundadora e gestora do Gestão Kairós, Liliane Rocha, em matéria aqui no portal, em 19 de agosto, “ser homossexual e ser mulher na sociedade brasileira é um duplo marcador que carrega uma dupla opressão”.
O que só reforça a importância do dia, pois representa um marco na luta das lésbicas pelos seus direitos e pelo posicionamento na sociedade como mulher e gay, enfrentando não apenas a homofobia e a lesbofobia, mas também a misoginia e o machismo.
– Violência contra Lésbicas –
O primeiro Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil, elaborado pelo Grupo de Pesquisa Lesbocídio – As histórias que ninguém conta, apresentou um resultado alarmante para a época, o levantamento indicou que, no período entre 2000 e 2017, foram registrados 180 homicídios de lésbicas. Porém, a maior concentração de mortes estava em anos mais recentes, de 2014 a 2017 foram registrados 126 assassinatos de lésbicas em todo Brasil.
Estatísticas mais recentes mostram que em média seis lésbicas foram estupradas por dia em 2017, em um total de 2.379 casos registrados, segundo levantamento da Gênero e Número, uma empresa social dedicada ao jornalismo orientado por dados, com informações do Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde.
Dados preocupantes apontaram que em 61% dos casos em que lésbicas foram violentadas, a agressão aconteceu na própria residência. Em vias públicas foram 20% e 13% em “outros locais”. Em 96% das agressões, os homens aparecem como autores, mulheres são 1%. O restante se divide entre ambos os gêneros e gênero do autor não identificado.
Atualmente, a maior parte dos programas e ações que envolvem o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica são organizados por grupos como a Liga Brasileira de Lésbicas, a Rede Afro LGBT, a Rede de Lésbicas Negras (Candace)e a Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres.
Foto: Brett Sayles/Pexels
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