Não foi apenas uma tragédia

Não foi apenas uma tragédia
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O linchamento virtual é muito mais comum -e mais letal- do que podemos imaginar

O suicídio de Lucas Santos, de 16 anos, filho da cantora Walkyria Santos, poderia ser apenas mais uma tragédia familiar, algo bem restrito aos mais próximos. Mas não é bem assim.

A morte do jovem não foi apenas uma tragédia, foi mais um assassinato causado pela intolerância.

Exatamente como é a intolerância racial, que ao ser disseminada na Internet, pode levar a assassinatos como o de George Floyd ou como o que levou ao espancancamento, linchamento e morte de Fabiane Maria de Jesus, acusada erroneamente de bruxaria e morta em 2014, no Guarujá.

A falta de humanismo e empatia está se tornando algo tão natural como o ato de respirar… nem percebemos.

Assim como o machismo transfere a culpa do estupro para a minissaia que a mulher usa; a fraqueza é apontada como a causa de um suicídio.

Não! Definitivamente não.

A culpa é do preconceito, da discriminação, da intolerância e dos seus agentes disseminadores.

É muito triste ver que novamente a disseminação do ódio fez mais uma vítima. Nossos sentimentos à família do Lucas, em especial aos pais, Walkyria e César.

No que depender do Portal Viver Sem Preconceitos, atos como esse não irão nos enfraquecer… muito pelo contrário, apenas mostram que, por menor que possamos ser, somos fortes e necessários na luta contra os preconceitos e contra a intolerância, pois é acreditando que, juntos, podemos continuar na batalha para evitar que outras tragédias como essa voltem a acontecer.

O Viver Sem Preconceitos acredita que diminuir preconceitos é possível e que eliminar a discriminação e a intolerância não são realidades inatingíveis.

Foto: Reprodução Instagram

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Vamos fazer do mundo um lugar melhor para se viver,
um lugar com menos preconceitos!

Cleber Siqueira

Cleber Siqueira

Jornalista, é autor do livro "Fernando, o menino sem dedos". Fundador e editor do Portal Viver Sem Preconceitos, tem pós-graduação em Sociopsicologia. Sua monografia, intitulada "Homossexualidade, o amor às chamas: um breve ensaio sobre o preconceito", faz uma análise entre a literatura específica e a vida real da população homossexual no início dos anos 2000.

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