Liderando times multigeracionais: vantagens e desafios

Liderando times multigeracionais: vantagens e desafios
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Em 2040, conforme prevê o IBGE, 57% da força de trabalho será de pessoas com mais de 45 anos. Será que sua empresa estará preparada para os times multigeracionais?

Por Fabi Granzotti*

Times multigeracionais e por sua vez, multidisciplinares, podem parecer uma realidade distante dependendo da sua organização. Ou até uma utopia. Mas, a verdade é que já é uma realidade para algumas das grandes corporações no Brasil. Quanto mais a pirâmide etária se reverte, mais pessoas maduras devem ser incluídas em times, que em sua maioria são formados por uma população e uma cultura ainda jovencêntrica. Então, será que um time multigeracional será um problema?

Depende, e depende muito mais da liderança do que qualquer diretriz que o RH ou até o Compliance, possam te passar. Vou te falar do choque positivo de gerações, que a liderança tem o papel fundamental de fazer acontecer.

Diferentes gerações possuem diferentes valores, expectativas e formas de trabalhar distintas. No entanto, quando bem gerenciadas, essas diversidades podem trazer inúmeras vantagens para a equipe e para a empresa como um todo.

Segundo uma pesquisa da Deloitte, 84% dos líderes empresariais acreditam que equipes multigeracionais têm mais sucesso em inovar do que equipes compostas apenas por uma geração. Isso se deve, em parte, à diversidade de experiências e conhecimentos que cada geração traz consigo. Colaboradores mais jovens geralmente estão mais familiarizados com a tecnologia e tendem a ser mais criativos, enquanto colaboradores mais experientes têm mais conhecimento sobre a processos e resoluções de problemas e podem oferecer insights valiosos para a equipe.

Além disso, uma pesquisa da PwC mostrou que colaboradores mais jovens valorizam a diversidade e a inclusão em suas empresas, e esperam que seus líderes façam o mesmo.

Outra vantagem de um time multigeracional é a oportunidade de aprendizado mútuo entre as gerações. Segundo um estudo da AARP, 72% dos baby boomers afirmam que aprender com colegas mais jovens os mantém atualizados e engajados no trabalho, enquanto 60% dos millennials afirmam que aprender com colegas mais velhos os ajuda a ter uma visão mais ampla da empresa.

– A mudança começa hoje –

No entanto, para que essas vantagens sejam aproveitadas, é importante que os líderes estejam dispostos a ouvir e a considerar as opiniões de todos os colaboradores. Segundo uma pesquisa da Harvard Business Review, equipes com líderes que se preocupam com a diversidade e a inclusão têm 45% mais chances de reportar que a equipe se sente segura para assumir riscos e inovar.

Para liderar uma equipe multigeracional de forma eficaz, a liderança precisa andar de mãos dadas com os grupos de afinidade e de forma interseccional, para aprofundar seu letramento, conhecimentos e a pluralidade de expectativas do time, que devem ser atendidas. Também é importante encontrar formas de motivar e engajar todos os colaboradores, independentemente da idade. Segundo um estudo da Gallup, equipes com líderes que fornecem feedback regular e olham para o desenvolvimento contínuo dos liderados, têm 3,5 vezes mais chances de estar engajadas no trabalho.

Então, separei 5 passos importantes nesta jornada:

  1. Reconheça, celebre a diversidade e promova a equidade das oportunidades;
  2. Mantenha a escuta ativa e o aprendizado contínuo;
  3. Seja um modelo de inclusão;
  4. Crie uma cultura de feedback;
  5. Esteja aberto à mudança.

Com a liderança certa, um time intergeracional (aquele que aprende e se desenvolve através das vivências) pode ser uma fonte de inovação, criatividade e excelência para a empresa. E, de acordo com a McKinsey, empresas que têm equipes de pessoas diversas têm 35% mais resultados.

*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP

Fabi Granzotti/Maturi
Colunista VSP

Gerente de Projetos, RH e Especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão Etária na Maturi. Com 44 anos, Fabi se intitula como filha, tia, estudiosa e curiosa. Pós graduanda em Gestão de Diversidade e Inclusão nas Organizações pela PUC-MG, é formada em CHRO, Master Executive Coach e Assessment.

Foto: Yan Krukau/Pexels

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