Solidão na melhor idade

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A tecnologia como aliada da conexão e do bem-estar

Por Álvaro Sena Filho*

A solidão é um dos principais desafios enfrentados por pessoas acima dos 50 anos. Mais do que uma questão emocional, ela representa um risco real à saúde. Estudo da Harvard T.H. Chan School of Public Health revela que a solidão crônica pode aumentar em até 56% o risco de AVC, além de estar associada a um risco 29% maior de doenças cardíacas e 50% maior de demência.

Em um cenário onde o isolamento é silencioso, mas prejudicial, a tecnologia surge como uma ferramenta potente de reconexão. Por meio do uso consciente de celulares, aplicativos e redes sociais, muitas pessoas idosas têm descoberto novas formas de se manter próximas da família, de amigos e da comunidade.

Na ABRATI – Associação Brasileira de Apoio à Terceira Idade – projetos de inclusão digital têm proporcionado muito mais do que aulas sobre tecnologia. Eles oferecem acolhimento, escuta ativa e um espaço para troca de experiências. Ao aprenderem a usar videochamadas, grupos de mensagens e aplicativos úteis no dia a dia, os alunos redescobrem o prazer de pertencer e de participar.

Estudo de universidade americana revela que a solidão pode aumentar em até 56% o risco de AVC – Foto: Adnan Kale/Pexels

-Tecnologia que aproxima e protege-

Além de conectar, a tecnologia também contribui para a segurança e a autonomia das pessoas idosas. Recursos simples, como alarmes de medicamentos, calendários compartilhados e contatos de emergência em celulares, tornam o cotidiano mais tranquilo.

Na ABRATI, os alunos também aprendem a se proteger: recebem orientações sobre autenticação em dois fatores, senhas seguras e como reconhecer tentativas de golpe. Cuidar da segurança digital faz parte do processo de envelhecer com dignidade e liberdade.

-A importância do apoio e da paciência-

A resistência ao uso de tecnologia muitas vezes não vem da dificuldade em aprender, mas do medo de errar — medo reforçado por comentários preconceituosos ou pela pressa de quem ensina. Por isso, o apoio da família e de profissionais preparados é essencial.

A ABRATI reforça que a inclusão digital é um direito de todos, independentemente da idade. O conhecimento, quando compartilhado com paciência e empatia, transforma vidas.

Conclusão

A tecnologia, quando usada com propósito, deixa de ser um desafio e se torna uma ponte para o afeto, o cuidado e a saúde. É preciso derrubar a ideia de que a internet é “coisa de jovem” e reconhecer seu papel fundamental na qualidade de vida de quem está envelhecendo.

Acompanhe o site e as redes sociais do Portal Viver Sem Preconceitos e também as redes sociais da ABRATI para continuar descobrindo como a tecnologia pode -e deve- ser para todos.

*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP

Foto: Mart Production/Pexels

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