Infâncias roubadas pelas telas

Infâncias roubadas pelas telas
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O perigo silencioso do “brain rot”: a perda da capacidade de criação das crianças está se transformando naquilo que especialistas, hoje, classificam como “um retardo (ou atrofia) mental que se manifesta nas crianças a partir dos 5 anos”. Precisamos falar mais sobre o assunto…

Por Melaine Machado*

Hoje, mais do que nunca, precisamos refletir:

Que infância estamos entregando às nossas crianças?

Em um mundo onde as telas invadem cada espaço e o tempo corre mais rápido do que conseguimos acompanhar, é fácil acreditar que expor nossos filhos a vídeos “educativos”, joguinhos de raciocínio rápido e redes sociais é a melhor forma de estimulá-los.

Mas será que é isso que eles realmente precisam?

O que poucos percebem é que o excesso de telas tem causado um fenômeno preocupante: o chamado “brain rot”, expressão popularizada para descrever a deterioração do raciocínio, da criatividade e da concentração.

Ou seja, o cérebro das crianças -em formação e tão sensível- está sendo “enferrujado” por estímulos superficiais e excesso de informações vazias.

Enquanto parece que elas estão “quietinhas” e entretidas, por dentro, o que acontece é o contrário: cansaço mental, irritação, dificuldade de foco, desinteresse por atividades mais profundas.

O brilho da infância vai sendo, aos poucos, apagado.

E a solução não é complexa. É simples, natural e -muitas vezes- gratuita.

Brincar ao ar livre, ter contato com a natureza, explorar livros físicos, criar histórias com bonecos improvisados, correr na praça, construir castelos de areia: tudo isso não só protege a mente das crianças como a expande.

A imaginação cresce, a curiosidade floresce, o corpo aprende, e o coração se enche de sentido.

É claro que, para os adultos, as telas são uma ajuda rápida.

Mas para as crianças, o que realmente educa e transforma é o tempo de qualidade, a conexão verdadeira, a liberdade para brincar e explorar.

A natureza ensina mais do que qualquer aplicativo.

Ensina a esperar, a observar, a se maravilhar.

Talvez ainda dê tempo de resgatar o que estamos perdendo: tempo de brincar, de explorar, de viver a infância como ela merece ser vivida – longe da ilusão das telas e perto do que é essencial.

Que possamos devolver às crianças o direito de serem… crianças.

*O texto produzido pelo autor não reflete, necessariamente, a opinião do Portal VSP

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Foto: Shvets production/Pexels

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